quinta-feira, 12 de março de 2009

Em Busca do Tesouro - A Lista dos Mortos (cap 1 ao 5)

OBS: O livro já está pronto, porém não colocamos todo porque queríamos experimentar a reação do público, além de guardar um suspense sobre o final da trama.




1. Apresentação

No último dia de aula do Colégio Baker, dos EUA, três irmãos órfãos de mãe estavam se aprontando para ter sua última prova. Eles eram: Kate, Ashley e John Attenborough.
Kate Attenborough era a mais velha, com quinze anos. Tinha os cabelos castanhos na altura dos ombros e os olhos azuis bem clarinhos. Era uma menina inteligente e muito cabeça dura. Namorava o Max Foster, um jogador de futebol americano do Colégio.
Ashley Attenborough era muito patricinha e tinha 14 anos de idade. Seus cabelos eram loiros acastanhados e seus olhos eram azuis, como os da irmã. Namorava um menino de pais brasileiros, chamado Bruno Santos, a quem ela fazia mais de mordomo que namorado. Ele também jogava futebol.
John Attenborough era um menino sonhador que tinha doze anos. Ele fazia parte da equipe pré-mirim de futebol americano do Colégio. Era também apaixonado por sua vizinha e colega de classe, Samantha Picard. John tinha os cabelos castanhos e olhos verdes, que segundo o pai deles, Alfred Attenborough, eram iguais os da mãe.
Ashley e Kate se odiavam, tanto que em casa falavam apenas o necessário, e na escola, se falavam porque seus namorados eram melhores amigos. Isso só contribuía para chatear Alfred, que lutava muito por seus filhos e tinha um grande trabalho sem a mãe deles, Mary, que ele dizia ter morrido no parto de John. Como Alfred passava praticamente o dia todo trabalhando, seus filhos ficavam com Brad Stanford, o mordomo.
Essa família de Washington D.C. não era muito rica.



2. A Descoberta

– Vamos filhos! O ônibus já está chegando! – Gritou Alfred.
– Já estamos indo, Pai! – Gritaram em coro os irmãos.
Os três saíram de casa exatamente na hora que o ônibus passou para pegá-los. Quando entraram no ônibus, perceberam que estava lotado dessa vez, exceto por três assentos bem no fundo. Eles nunca notaram esses assentos, mas naquele dia pareciam estar reservados para os Attenborough.
Kate sentou na janela, Ashley ao seu lado para apreciar a paisagem e John na cadeira ao lado de Ashley.
– Puxa! Hoje eu nem posso sentar ao lado do meu Bu! –Disse Ashley num tom choroso.
– Ai! Cala a boca!- Reclamou Kate
Ela notou uma estranha placa de metal solta abaixo da janela do ônibus.
– O que é isso? – Sussurrou Kate para si mesma. Em seguida, virou-se para o irmão – John me empresta seu estilete? – e começou a raspar os arredores da placa.
Ashley e John estranharam o comportamento da irmã, e quando deram por si, Kate estava com a placa e o estilete numa mão e dois papéis na outra: um grande e outro menor.













Ashley tomou o papel maior da mão da irmã e gritou bem alto:
– É um mapa do tesou...- Kate deu uma tapa na sua boca impedindo-a de terminar a frase.
Quando notou que todos no ônibus estavam olhando para ela, tentou disfarçar: – Estou estudando para minha prova de história!
– É mesmo um mapa do tesouro Ashley?- perguntou John curioso, depois que todos desviaram a atenção.
– É claro! Não está vendo?
Kate mostrou para eles o outro papel no qual continha o nome de uma pessoa:

Aaren Makardi

Os três acharam muito estranho aquele nome, e Kate, como era cabeça dura, achou que tudo não passava de uma brincadeira:
– Vocês acham mesmo que isso existe? Por favor! É muita infantilidade!
O ônibus chegou ao colégio e todos desceram para o melhor dia de aula do ano: o último.








3. Dentro do Armário


Assim que chegaram ao Colégio, cada um foi ao seu respectivo armário para guardar as mochilas e ir fazer a prova apenas com o estojo.
O sinal tocou e cada um foi fazer sua prova: matemática para Kate, história para Ashley e ciências para John.
John foi o primeiro a terminar a prova, e, quando foi guardar seu estojo, surpreendeu um garoto mexendo no seu armário. O menino bateu com força a porta do armário e saiu correndo.
– Ei! Volte aqui! – Gritou John.
Mas foi tarde demais: o garoto saiu correndo e John foi ver os danos causados.
– Devo ter deixado aberto de novo! Ai Meu Deus! – Disse ao ver escrito ‘’Te peguei!’’ num bilhete e perceber o roubo de dez dólares.
– O que foi John? – Era Samantha Picard, com seus cabelos loiros e seus olhos azuis, vindo falar com John.
– Q-que Sus-susto! Na-não fo-foi na-nada... S-só f-fui... – Nesse momento, Samantha passou sua mão no rosto de John, fazendo com que ele não conseguisse terminar a frase.
– Calma... Fique calmo...
John a abraçou e quando foi beijá-la, escutou um grito:
– Enlouqueceu John? Vai beijar sua irmã?
John percebeu que em vez de Samantha, tinha em seus braços sua irmã Ashley.
– Desculpa. Viajei um pouco... Pensei que fosse... – Disse ele todo envergonhado.
– Tudo bem, eu percebi! Diz agora! O que aconteceu? – Falou ela.
– Fui assaltado... Só isso...
– Só isso?! Como se fosse simples! Ai... E que papel é esse? Outra pista?
– Outra pista? Que pista? – John viu a expressão de raiva no rosto de Ashley e continuou, ainda um pouco envergonhado e coçando a cabeça – Ah, sim! Não, não é pista...
– Ai, que saco... Mudando de assunto, cadê Mrs. Cabeça Dura? – disse Ashley irritada.
– Estou bem aqui, Ash... – Disse Kate por trás deles e num tom bem sínico – Então você foi assaltado?
– Como você sabe? – Disse Ashley, virando-se para ela.
– Estava vindo para cá, mas encontrei o Max e a gente combinou um lugar especial para o recreio de hoje... Mas consegui escutar até a parte do bilhete. Quer saber? Eu acho que seja realmente uma pista, acho que não existe essa história de tesouro e que esse garoto realmente pegou vocês... Agora com licença, vou guardar minhas coisas.
– Pode ir, mas se você não acredita, eu vou atrás desse tesouro com o John!
– Não me coloquem nessa briga... Não tenho nada a ver... – Disse John.
Ashley e John continuaram a falar enquanto Kate, já com raiva, foi até o seu armário. Mas, quando ela o abriu...
– Ahhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!









4. O Recreio

– O que é isso?- perguntou Ashley pegando-o do chão.
Um papel meio velho e um pouco amassado havia acabado de cair do armário de Kate.
– Não sei o que é! Quando abri meu armário, esse papel caiu! Meu Deus, deve ser o destino!! Lê pra mim, Ashley, tô muito nervosa!
– Tá achando que eu sou o quê? Seu capataz?
– Por favor, parem de brigar! Deixem que eu leio! – Interveio John, tomando o papel da mão de Ashley. – Aqui diz:

Cuidado! Poço envenenado.
Quem entrar pode ficar desmaiado
No fundo tem uma pista
Agarre-a logo
Pode ser sinistra


– O quê? – perguntou Ashley sem entender.
– Isso deve ser falso, vamos juntar as iniciais! – disse Kate intrigada.
– CQNAP? O que é isso?- perguntou John pensando.
– Não sei! Mas de qualquer modo estou atrasada para encontrar o Max!
– E eu o Bruninho!! – Disse Ashley batendo palminhas alegres.
– Vou ficar aqui esperando a Samantha.
– Cuidado para não agarrar ela também! – Falou Ashley num tom sarcástico.
– Há, há, há... Muito engraçadinha...
As duas irmãs saíram e começaram a se seguir. Quando Kate parou, perto do chafariz do pátio, Ashley parou ao seu lado. Logo após Max e Bruninho chegaram e disseram em coro:
– Gostaram do nosso local de encontro?
– Vocês combinaram de se encontrar no mesmo lugar? – Berrou Ashley.
– Eu não posso nem namorar em paz que essa menina está do meu lado! Que saco!!!- reclamou Kate
– Calma, meninas... – Falou Max tentando acalmá-las.
– Um casal sai então!- Falou Bruninho tentando achar uma solução para o problema.
– Tchau, Kate!!!
– Saio não! Quem sai é você!
– Não saio, cheguei aqui primeiro!
– Nada disso! Fui eu! – Disse Kate muito irritada
– Fui eu! – Falou Ashley, dando uma tapinha no ombro de Kate.
– Você vai se arrepender dessa tapa!
Nesse momento, Kate deu um empurrão em Ashley, que continuou a segurar na mão da irmã, e as duas acabaram caindo no poço do chafariz.











5. Na Enfermaria

– Ai Meu Deus! O que nós fizemos? – Disse Bruno a Max.
Essa foi a primeira voz que Kate escutou.
– O que aconteceu? – Perguntou ela um pouco inconsciente.
– Kate! Você está bem? – Perguntou preocupado Max.
– Tá viva? – Perguntou Bruninho
– Tô bem... Não se preocupem... Onde eu estou?
– Na enfermaria... – Disseram Bruno e Max juntos.
Quando Max foi beijá-la, um grito fez com que o beijo ficasse pra depois. Bruninho correu para perto da maca de Ashley e todos viram Ashley e Bruninho se beijando. A enfermeira interrompeu o beijo:
– Não, não, não... Pode tomar ar da paciente...
– Ai, chega para lá... Vai me dizer que nunca beijou ninguém? – Disse Ashley – Bom, o diretor é um bom partido, né?
– Respeito menina, mais respeito! – Disse irritada a enfermeira.
Ela se retirou com raiva e a risada foi geral, até ser interrompida quando John e Samantha entraram correndo no quarto.
– O que aconteceu, garotas? – Perguntou Samantha preocupada.
– Sei tanto quanto você... – Disse Ashley
– Mas eu não sei nada...
– Por isso mesmo! – Respondeu Kate – Agora, meninos, contem logo, o que aconteceu?
– Bom, as duas estavam brigando. – Disse Bruninho.
– Sabemos – Disseram em coro as enfermas.
– Quando vocês caíram no poço do chafariz, nós dois – Falou Max apontando para si e para Bruno – entramos para tentar salvá-las. Quase desmaiamos também...
– Vocês são malucos! – Gritou indignado John. Mas, quando percebeu o olhar de repreensão de Sam, corrigiu – Malucos por elas, né?
– Continuando – Falou Bruno – Trouxemos vocês para cá e ficamos esperando até agora.
– Há quanto tempo? – Perguntou Kate
– Umas duas horas... – Falou Max
– Nós também viemos, mas não pude esperar por causa do treino de futebol e a Sam foi ver o jogo. Voltamos agora porque fomos avisados que vocês acordaram... – Disse John.
– Eles continuaram conversando até serem interrompidos pela enfermeira.
– Gente, saindo! Agora só é permitido pessoas da família, para uma recuperação mais rápida...
– Pode deixar a Sam... Ela é da família... – Falou John com um olhar apaixonado. Sam lhe retribuiu o olhar com um sorriso.
– Ok, então... Vou indo... Beijo Kate – Max lhe deu um beijo – Melhoras Ashley...
– Valeu Max! Tchau Bu!! – Disse Ashley se despedindo com um beijo.
Os dois namorados e a enfermeira saíram do quarto, e o resto começou a conversar.
– Tudo bem gente, já coloquei Sam a par de tudo – Falou John – Quer dizer que a pista era verdadeira, não era? “Cuidado! Poço envenenado. Quem entrar pode ficar desmaiado”.
– É verdade! O John está certo! O poço é o chafariz do Pátio!!! – Falou Kate assustada.
Sinicamente, Ashley falou:
– Ainda duvida do tesouro, Kate?
– Não sei... – Falou Sam percebendo a expressão de raiva de Kate – Pode ser... Mas a pista não dizia que dentro do poço tinha outra pista?
– Eu quase me esqueci! – Gritou Ashley batendo a mão na testa – Mas, como você sabe Sam?
– Eu li a pista...
–Tudo bem... – continuou Ashley – Eu peguei a pista do poço...
– Como? – Perguntou John.
– Senti algo roçar no meu pé, virei e peguei... Depois disso não lembro mais de nada...
– Lê a pista logo, Ash, está me deixando nervosa... – falou Kate já roendo as unhas.
– A pista é a seguinte:

Adivinhem minha gente
Não digo se está quente
Em Uxmal encontrarão
O que foi construído por um anão
Usem a sua mente

– Me dá o mapa! – Disse Sam, puxando o mapa da mochila de Kate – Me parece que a próxima parada é no México, pelo menos segundo o mapa...
– É verdade! Existe mesmo uma cidade no México chamada Uxmal! – Exclamou John – E a única coisa que parece com adivinhar e foi construída por um anão, é a Pirâmide do Adivinho, que coincidentemente, ou não, fica nessa cidade!
– Mas eu quero dizer uma coisa – Disse Sam – Se vocês vão atrás desse tesouro, eu vou também! E aí? Quem topa?
– Eu não s... – Começou a falar Kate, sendo interrompida por Ashley.
– Eu Topo!!!!
– Eu também! – Disse John com um largo sorriso – Só falta você, Kate...
John olhou para Kate quase que a obrigando a ir, com seu olhar implorador.
– Tá legal, eu vou com vocês...
Sam colocou sua mão no centro, e, de um por um, foram colocando suas mãos em cima. Quando todas as mãos já estavam posicionadas, eles gritaram:
– Caça ao Tesouro!!
Nesse momento a enfermeira entrou de surpresa no quarto.
– De informações! – Disfarçou Kate.
– É, vamos para a biblioteca pesquisar informações sobre a civilização Maia, um grande tesouro que tivemos... – Falou Ashley.
– Mas vocês ainda não estão curadas! – Disse a enfermeira.
– Estamos melhores do que nunca! – Falaram em coro as antigas doentes.